top of page

Remoção de veias e varizes

istockphoto-1302147956-170667a.jpg

Veias visíveis nas pernas são sinais comuns de insuficiência venosa crônica (IVC). Tal condição predispõe à formação de úlceras e pode causar sintomas como cansaço, dor e peso nas pernas.

 

Chamamos esses vasos sanguíneos de veias reticulares, varizes e telangiectasias, conforme o diâmetro. A presença deles em indivíduos assintomáticos é de preocupação meramente estética — o que, em contrapartida, pode ser muito desagradável para algumas pessoas, que de tão incomodadas com a aparência das pernas passam a adotar comportamentos evitativos, como furtar-se de viagens à praia e optar por calças compridas quando gostariam de usar roupas mais curtas.

 

A nossa clínica em Pirassununga é especializada no tratamento estético de veias superficiais nas pernas ("varizes", "vasinhos"). Usamos técnicas baseadas em evidências científicas para oferecer ao paciente um tratamento humanizado, seguro e eficiente.

Como as varizes podem ser tratadas?

Os carros-chefe do tratamento estético de veias superficiais são a escleroterapia e o laser.

Laser

Aqui, na clínica em Pirassununga, dispomos do laser para tratamento de veias menores, os populares "vasinhos". Essa modalidade é muito mais bem tolerada que as técnicas de injeção. Utilizamos o laser Nd:YAG 1064nm pulso longo, que trata imediatamente vasos com diâmetro de 0,3 a 3 mm. Tratamos veias menores com a luz pulsada intensa.

Como funciona?

O laser emite um comprimento de onda específico para ser absorvido pelas estruturas que se pretende tratar. No caso do tratamento de veias, o comprimento de onda é mais bem absorvido pela hemoglobina do sangue. O calor local destrói as células do vaso com clareamento imediato da veia.

Que cuidados devo tomar após o tratamento?

O retorno ao trabalho e atividades diárias pode ser feito imediatamente. Recomenda-se evitar exposição ao sol por duas semanas após o tratamento.

Escleroterapia

A escleroterapia consiste na injeção de substâncias esclerosantes dentro de veias e vasos, com a finalidade de removê-los. No Brasil, as técnicas mais comuns envolvem o uso de glicose em alta concentração (50 ou 75%) e espuma.

Qual a diferença entre o uso de glicose e espuma?

A técnica de injeção é idêntica. Ambos os tratamentos são antigos e têm eficácia e segurança bem documentadas na literatura. A diferença consiste no mecanismo de ação. A glicose em alta concentração tem ação osmótica e desidrata as células do vaso para destruí-lo. A espuma tem ação detergente e age interferindo nos lipídios da membrana da célula do vaso.

O tratamento com espuma é menos dolorido que o tratamento com glicose. Alterações visuais e tosse relacionadas à circulação das bolhas da espuma no sangue estão relatadas, porém prejuízos neurológicos permanentes são raros.  O "matting" (veja abaixo) pode ocorrer com o uso de espuma. De modo geral, a espuma pode ser feita para veias pequenas com segurança. Por outro lado, diante dessas raras complicações, alguns especialistas contraindicam o uso de espuma para veias pequenas.

Quais cuidados devo tomar após o procedimento?

É necessário usar bandagem compressiva ou meia elástica por dois dias após o procedimento. Presume-se que isso diminui o acúmulo de fluidos e otimiza os resultados cosméticos do procedimento. É necessário evitar exposição ao sol e atividades físicas por duas semanas após a escleroterapia.

Quais as complicações?

A hiperpigmentação pós-inflamatória se refere a uma mancha marrom no local do tratamento que desaparece após algumas semanas evitando o sol. Complicações mais significativas como infecção, formação de bolha e formação de cicatriz relacionadas ao laser são raras. Portanto, esse procedimento é realmente seguro.

A escleroterapia com espuma pode causar "matting" de telangiectasias (do inglês, formação de linhas entrelaçadas agrupadas como um tapete). Essa complicação pode ser manejada com o laser ou nova escleroterapia no local. Complicações raras da escleroterapia incluem reações alérgicas e ulceração. A ocorrência dessas complicações, embora incomuns, são razão suficiente para se recomendar que o procedimento seja feito apenas por médico.

Quantas sessões são necessárias?

Os resultados da escleroterapia e do laser são muito individuais, a depender da quantidade de vasos e fatores individuais. Vários pacientes têm resultados satisfatórios com apenas uma sessão. Alguns precisam de mais algumas sessões para atingir os objetivos cosméticos. As sessões devem ser separadas em, pelo menos, seis semanas. 

É dolorido?

A escleroterapia é feita com injeção local e alguns pacientes relatam dor leve a moderada durante o procedimento. O uso de espuma tende a minimizar o desconforto em comparação com a injeção de glicose.

O tratamento com laser é mais bem tolerado. Os parâmetros do aparelho são ajustados durante o tratamento a fim de otimizar o conforto do paciente, sem prejuízo da eficácia do procedimento.

Quando é necessário fazer cirurgia de varizes?

Casos sintomáticos precisam de avaliação com ultrassonografia para detectar a presença de refluxo (fluxo retrógrado de sangue nas veias). Se esta for confirmada, casos dessa natureza justificam avaliação por um cirurgião vascular para realização de procedimentos cirúrgicos — por exemplo, ligação de veia e flebectomia. Nesses casos, o tratamento cirúrgico deve ser feito antes dos procedimentos estéticos, pois será mais efetivo para remover as veias superficiais do que se elas forem tratadas individualmente.

Dr. Rafael Muller de Carvalho

Médico CRM-SP 218482

bottom of page